Hoje fui ao cinema assistir ao filme Salt estrelado pela exuberante e talentosa Angelina Jolie. Dirigido por Phillip Noyce, mesmo diretor de "O Colecionador de Ossos" e "Em nome da Honra", o filme se apresentou apenas como um bom passa tempo para uma tarde ociosa de quinta-feira. Por mais legal e excitante que tenha sido ver a Jolie interpretando uma espécie de Jason Bourne saltando entre carrocerias de caminhões em movimento, pilotando em alta velocidade uma moto super potente, preparando explosivos, tapando com a própria calcinha uma câmera de vigilância, atirando para todos os lados e batendo em todos os marmanjos do elenco o filme não conseguiu entrar na minha lista de melhores filmes de ação (um dia divulgarei essa lista aqui para vocês). Mas deixando a análise do filme de lado, o que realmente chamou a minha atenção foi a sala de exibição do filme. É incrível como a falta de tecnologia e conforto dessa sala pôde me proporcionar uma experiência tão imersiva. O som estava tão alto que me fez sentir no meio das explosões e tiroteios! No meio do filme, logo depois de a Jolie ter destruído uma viatura policial que a transportava, a minha poltrona começou a se desfazer como se ela fosse uma das poltronas daquele veiculo; um dos braços se soltou e um buraco que havia no encosto começou a engolir a minha camisa! Mas o mais realista dos efeitos foi o clima. Em dada cena a personagem se encontra em uma região coberta de neve, e ao mesmo tempo em que ela tremia e soltava vapor pela boca eu fazia o mesmo sentado em minha decadente poltrona. E o mais legal é que todos esses efeitos somados conseguiram imprimir em mim um pouco da dor que os perseguidores da personagem Salt sentiram ao apanhar dela. Dai eu pergunto, que falta faz o 3D quando se tem tantas salas no Brasil com tecnologia 5D* pertinho da gente?
*A Saber, o significado de cada um dos D's que dá nome a essa ultrapassada e ao mesmo tempo fantástica tecnologia: Dor de cabeça, Dor de ouvido, Dor nas costas, Dor nos Joelhos e Dor no pescoço